sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Opinião pessoal: Tânia Albuquerque

Esta é a primeira vez que faço voluntariado.
Sempre achei que fosse algo que toda a gente deveria fazer nem que fosse uma vez na vida, e através de amigas que já fizeram, continuei a pensar que seria uma experiência enriquecedora. Hoje sou eu que estou nessa posição, hoje sou eu que tenho a possibilidade e mais importante que isso, a vontade de o fazer, de ajudar alguém que precisa. O Voluntariado é das experiências mais nobres e enriquecedoras, que na minha opinião, se pode ter. Ajudar alguém sem esperar nenhum retorno monetário é algo para o qual nem toda a gente está disponível; Mas o que não se ganha em géneros ganha-se em experiência de vida. Ao fazer voluntariado vamos estar mais próximos de realidades sobre as quais talvez nunca tenhamos pensado muito, o que nós vai fazer olhar o mundo e as pessoas de outra forma.
No inicio do nosso projecto tínhamos pensado em ajudar crianças e idosos mas a reunião com o Director do LAHDB fez-nos perceber que existem muitas mais pessoas que necessitam de ajuda. Posto isto ficou decidido que o tema que iríamos trabalhar seria a Mastectomia. Ligado a este tema foi-nos pedido que reflectíssemos sobre o que uma mulher mastectomizada poderá sentir. Inexistência foi uma das palavras. Após ser feita uma pesquisa e consequente reflexão percebi que uma mulher mastectomizada , se não tiver as ajudas necessárias quer a nível psicológico quer a nível pratico, se vai sentir inexistente. Vai sentir que ao perder uma mama deixa de ser mulher; É importante que as mulheres deixem de se sentir inexistentes, com vergonha, é importante que as mulheres sejam valorizadas para que possam ultrapassar da melhor maneira o que lhes aconteceu.

A ideia de fazer voluntariado por si só agradou-me logo desde o inicio, e agora que estamos a tratar um tema como este ainda me sinto mais entusiasmada, com mais vontade de continuar. Acho cada vez mais o voluntariado uma experiência fantástica que toda a gente deveria ter. E vocês, já alguma vez fizeram ou tiveram vontade de o fazer? 

Tânia Albuquerque

domingo, 21 de novembro de 2010

Opinião pessoal: Joana Farias

Inicialmente o nosso trabalho estava direccionado para o voluntariado na ala pediátrica do Hospital Distrital do Barreiro. Porém, após as conversas que tivemos com o Director da LAHDB o nosso trabalho mudou de temática, para a área da mastectomia.
Não são apenas as crianças ou os idosos que necessitam da nossa ajuda. As mulheres mastectomizadas precisam de igual forma de todas as ajudas possíveis. Assim, o nosso trabalho tornou-se muito mais interessante, com maiores e melhores objectivos. Pretendemos ajudar ao máximo as mulheres mastectomizadas. Queremos facilitar o dia-a-dia destas mulheres e mesmo que seja pouco o que temos para dar, para cada uma destas mulheres irá significar bastante. Isto foi algo que aprendi - o pouco que conseguimos dar, já é bastante.
Concluo então que o voluntariado é muito mais importante do que alguma vez pensei. Cada um de nós pode fazer a diferença e lutar por pequenas coisas, que todas juntas se tornam numa grande ajuda, em qualquer uma das áreas em que se possa fazer voluntariado.
Para além disto, foi-nos atribuída uma palavra sobre a qual tivemos de reflectir. A minha é a insegurança.
A insegurança sentida pela mulher pode ser devastadora. Os sentimentos que são despertados através do diagnóstico recebido são perturbadores e a mulher pode ficar insegura, pois a remoção da mama retira-lhe o que sente referentemente à sua feminilidade, ao que sente em relação a ser Mulher. A sua auto-estima desce ou simplesmente desaparece. A preocupação estética e as relações do seu dia-a-dia são afectadas. Caso exista relação conjugal, também pode sofrer com a insegurança sentida pela mulher. A mulher tende em “esconder-se” do seu cônjuge, com vergonha do seu corpo, surgem-lhe dúvidas, como por exemplo: pôr em questão se o seu cônjuge ainda se sentirá atraído pela mesma; se terá perdido de todo a sua feminilidade ou simplesmente uma dúvida banal colocando em causa se as pessoas irão reparar que ela já não tem algo, neste caso a mama. Apesar da reposição, penso que existam muitas mulheres, senão a maioria ,que sentem tamanha pressão. A insegurança é sentida diariamente, precisando do apoio dos amigos e familiares para ajudá-la e mostrar-lhe que não deixou de ser mulher simplesmente pela perda da mama.

Até ao próximo post.

Joana Farias.

Opinião pessoal: Joana Santos

Esta é a primeira vez que faço voluntariado. Sempre tive uma enorme curiosidade mas nunca surgiu oportunidade para tal e, no verão, comecei logo a pensar que, no 12º ano, um trabalho possível seria fazer voluntariado em algo relacionado com crianças. Foi daí que surgiu a nossa ideia. Para mim, fazer voluntariado, ajudar os outros de livre e expontânea vontade é um acto que demonstra a bondade de um ser humano. Faz-me sentir bem comigo mesma saber que posso ser útil de alguma maneira, na vida de alguém, não recebendo nada material em troca mas sim o bem-estar da outra pessoa, sorrisos e felicidade.
Estou muito entusiasmada com o nosso trabalho, mesmo que este se tenha afastado um pouco da nossa primeira ideia. É importante inovar, sem dúvida porque não são só as crianças que precisam da nossa ajuda. Tudo isto me tem aberto um pouco os meus horizontes para outras problemáticas.
Este tipo de trabalho faz-nos reflectir bastante, obriga-nos a ver a nossa própria vida doutras prespectivas para que possamos saber como ajudar os outros. Uma das reflexões que tive de fazer foi acerca da palavra "valorizar", valorizar uma mulher com cancro da mama, valorizar uma mulher mastectomizada.
Desta forma, e após algumas pesquisas, concluí que uma mulher mastectomizada sente-se mal consigo própria, envergonhada. A sua auto-estima descresce significativamente o que lhe pode trazer complicações sobretudo a nível psicológico, podendo mesmo levar ao suícidio. Mas estes problemas podem ser minimizados quando o contextor familia da mulher a apoia. Ela precisa de se sentir valorizada. Precisa de sentir que todos continuam a gostar dela por aquilo que ela é e não por aquilo que ela tem ou não. É importante que os outros a façam sentir bonita, capaz de ser feliz e de fazer os outros felizes. O parceiro, se existir, é quem mais a pode ajudar pois é quem mais tem contacto, a seguir à própria mulher, com o corpo dela por isso deve dar-lhe apoio, mostrar-se compreensível e nunca agir com repulsa ou desvalorizá-la. Deste modo a mulher poderá sentir-se com força para continuar a sua vida e nunca baixar os braços.
Quero continuar com este trabalho, apesar de exigir muito de nós, porque acho que nos vai fazer crescer muito como pessoas e irá valorizar-nos muito no nosso futuro, para além de que, iremos estar a ajudar muitas pessoas.

PS: Peço-vos que nos deixem a vossa opinião de forma sincera, evitando as brincadeiras e comentários menos positivos, contando-nos as vossas experiências (podem fazê-lo de forma anónima) pois, dessa forma estarão a ajudar-nos imenso.

Até à próxima.

Joana Santos

Opinião pessoal: Carlos Silva

Eu já tinha tido experiências de voluntariado antes desta a que nos propusemos agora . Mas, das outras vezes que fiz voluntariado, foi em algumas campanhas para o banco alimentar nas quais contínuo a participar com alguma regularidade.
Esta nova experiência de voluntariado, que ao inicio era para ser na ala da pediatria do Hospital do Barreiro depois da primeira reunião com o presidente da LAHBD alterou-se para algo diferente. Ficámos então com a parte das mulheres mastectomizadas. Esta é uma experiência completamente nova para mim e como tal estou empenhado e empolgado para dar o meu melhor e ajudar quem mais precisa
Depois da conversa com o presidente da LAHBD cada elemento do meu grupo de voluntariado ficou com uma palavra alusiva ao tema. A minha palavra é "compreensão". Fiz então uma pesquisa acerca desta palavra e redigi um texto onde me apercebi que a compreensão é, de facto, umas das maiores chaves para o possível bem-estar de um doente mastectomizado. Para estas pessoas ter alguém que as ouve e que as compreende e lhes dá força é um passo bastante importante para estes se sentirem com força para lutar contra a doença e para seguir em frente.

Opinião pessoal: Susana Marques

Esta é a minha primeira experiência a fazer voluntariado.
O que começou com a ideia de ajudar as crianças da ala pediátrica, transformou-se, em algo que na altura nem era possível imaginar. Depois da minha primeira reunião com o presidente da LAHBD ficou decidido que o nosso tema seria o cancro da mama, mais precisamente, as mulheres mastectomizadas.
Nessa mesma reunião cada elemento do grupo ficou com uma palavra. No meu caso, escolhi a vergonha. Esta palavra refere-se ao que a mulher sente quando o peito lhe é retirado. Para quem não percebe o porquê da vergonha, basta imaginar o que é, ao irem à praia, não poderem usar biquíni ou mesmo um fato de banho, porque não têm peito/mamas. Esta é uma das principais razões que me levou a escolher esta palavra, acho horrível que em algum momento das nossas vidas sejamos escravas da vergonha. É urgente acabar com este problema.

Cada uma de nós teve que fazer um texto sobre essa palavra, aqui está parte do meu:

“O peito é, para a mulher, aquilo que a faz sentir-se como tal. Com a mastectomia, a mulher poderá mesmo chegar a perder o peito por completo, assim surge a vergonha. A vergonha de sair a rua, de ir à praia, de vestir certas roupa, de interagir com outras pessoas, principalmente com as que mais ama. A mulher tem vergonha do seu corpo, dela própria. A vergonha, em alguns casos, é tão grande que a leva ao suicídio. Quem não morre da doença, pode morrer da cura. (…). Mas esta vergonha pode ser ultrapassada com o devido apoio e ajuda. Também as próteses assim como os soutiens que as sustêm desempenham um papel fundamental na resolução do problema, mas são demasiado caros. Assim, existem mulheres que continuam escravas da sua vergonha e têm medo de se olhar espelho, devido à burocracia. Sem dúvida, que os implantes mamários seriam a melhor opção para resolver o problema, mas estes são tão caros que a maior parte das mulheres nem “sonham” em recorrer a eles.”

Como já devem ter percebido este problema afecta maioritariamente as mulheres, apesar de também haver homens que sofrem de cancro da mama. Os números são estes:

Novos casos novos por ano: 150 000
Mortes por ano: 44 000

«O cancro da mama é o cancro mais comum nas mulheres americanas, sendo responsável por 27% dos casos de cancro das mulheres, e a sua incidência está a crescer gradualmente. A incidência nas mulheres de raça branca é um pouco maior do que nas mulheres de raça negra. Nas partes do mundo onde a incidência de cancro da mama é alta, como nos EUA, Canadá, Europa Ocidental e Austrália, o risco maior verifica-se aos 65 anos.» Fonte

Deixo-vos aqui algumas questões para reflectirem e espero encontrar as vossas respostas nos comentários. Não tenham vergonha.

Já alguma vez fizeram voluntariado?
Já tiveram algum familiar ou amigo com este problema?

Contem-nos a vossa experiência.

Até à próxima.

Susana Marques

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

As nossas palavras

Deixamos aqui as palavras que foram escolhidas por cada um para, como foi dito no post anterior, sintetizar o que uma mulher mastectomizada sente nesta fase da sua vida:

  • Carlos Silva - Compreensão
  • Joana Farias - Insegurança
  • Joana Santos - Valorizar
  • Susana Marques - Vergonha
  • Tânia Albuquerque - Inexistência

Assim que possível serão publicados os textos acerca da opinião pessoal de cada um dos elementos do grupo sobre todo o nosso trabalho e sobre o porquê de termos escolhido estas palavras.

Até lá.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pós-reunião

Ontem foi realizada a reunião de todo o grupo com o responsável pela LAHDB, o Dr. Victor Munhão.
Decidimos, em conjunto, que o nosso trabalho terá como sub-tema o cancro da mama e a mulher mastectomizada.
Todo o grupo discutiu ideias, fez planos, idealizou o trabalho para os próximos dias, segundo as directrizes dadas pelo Dr. Victor.
As tarefas a realizar serão as seguintes:
  • Até ao final da semana teremos de pensar numa palavra que descreva o que uma mulher mastectomizada sente e fazer uma pequena reflexão acerca da mesma. Essa palavra será o nosso "pilar", ou seja, aquela sobre a qual assentará o nosso trabalho individual.
  • Até ao final do primeiro período teremos de fazer todo o trabalho teórico, ou seja, pesquisar sobre o que é o cancro, o cancro da mama, como e porque aparece, formas de prevenção e formas de tratamento físico e psicológico.
  • Realizaremos também uma conferência e uma acção de sensibilização acerca desta problemática, na nossa escola, onde apresentaremos explicações acerca do cancro e das suas formas de prevenção, mas, em princípio, só no segundo período.

De momento são estas as informações que temos para vos dar.

Até ao próximo post.

Glossário:

Mastectomia - A mastectomia é quando o tecido mamário é removido, devido ao desenvolvimento pré-canceroso ou canceroso. Fonte.

domingo, 14 de novembro de 2010

Novidades

Já temos a reunião marcada na qual estará presente todo o grupo com o responsável pela LAHDB.
Será dia 16, segunda-feira, ás 14h30m.

Terça-feira contamo-vos tudo.

Até lá.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O que andamos nós a fazer...?

Iniciámos a execução de inquéritos acerca do voluntariado às turmas de 10º, 11º e 12º da nossa escola.
Através destes inquéritos esperamos perceber se é importante para os alunos a realização de voluntariado e porquê, se já fizeram  e, se a resposta for positiva, em que instituições.
Esperamos terminar os inquéritos dentro de uma semana e, depois de realizarmos o tratamento de dados, publicaremos no blogue as conclusões a que chegámos.

Aguardem notícias nossas...