domingo, 21 de novembro de 2010

Opinião pessoal: Joana Farias

Inicialmente o nosso trabalho estava direccionado para o voluntariado na ala pediátrica do Hospital Distrital do Barreiro. Porém, após as conversas que tivemos com o Director da LAHDB o nosso trabalho mudou de temática, para a área da mastectomia.
Não são apenas as crianças ou os idosos que necessitam da nossa ajuda. As mulheres mastectomizadas precisam de igual forma de todas as ajudas possíveis. Assim, o nosso trabalho tornou-se muito mais interessante, com maiores e melhores objectivos. Pretendemos ajudar ao máximo as mulheres mastectomizadas. Queremos facilitar o dia-a-dia destas mulheres e mesmo que seja pouco o que temos para dar, para cada uma destas mulheres irá significar bastante. Isto foi algo que aprendi - o pouco que conseguimos dar, já é bastante.
Concluo então que o voluntariado é muito mais importante do que alguma vez pensei. Cada um de nós pode fazer a diferença e lutar por pequenas coisas, que todas juntas se tornam numa grande ajuda, em qualquer uma das áreas em que se possa fazer voluntariado.
Para além disto, foi-nos atribuída uma palavra sobre a qual tivemos de reflectir. A minha é a insegurança.
A insegurança sentida pela mulher pode ser devastadora. Os sentimentos que são despertados através do diagnóstico recebido são perturbadores e a mulher pode ficar insegura, pois a remoção da mama retira-lhe o que sente referentemente à sua feminilidade, ao que sente em relação a ser Mulher. A sua auto-estima desce ou simplesmente desaparece. A preocupação estética e as relações do seu dia-a-dia são afectadas. Caso exista relação conjugal, também pode sofrer com a insegurança sentida pela mulher. A mulher tende em “esconder-se” do seu cônjuge, com vergonha do seu corpo, surgem-lhe dúvidas, como por exemplo: pôr em questão se o seu cônjuge ainda se sentirá atraído pela mesma; se terá perdido de todo a sua feminilidade ou simplesmente uma dúvida banal colocando em causa se as pessoas irão reparar que ela já não tem algo, neste caso a mama. Apesar da reposição, penso que existam muitas mulheres, senão a maioria ,que sentem tamanha pressão. A insegurança é sentida diariamente, precisando do apoio dos amigos e familiares para ajudá-la e mostrar-lhe que não deixou de ser mulher simplesmente pela perda da mama.

Até ao próximo post.

Joana Farias.

1 comentário:

  1. Olá Joana :)
    Não imagino o que será saber que irá ficar sem mama. Há pessoas que, ao verem outras na rua sem um braço, ou sem uma perna, e neste caso, uma mama, olham-nas de lado, o que por vezes tambem tornam as mulheres mais inseguras. De facto, uma pequena ajuda que possamos dar, uma coisinha minima, já faz uma grande diferença, e é sempre bom poder ajudar.
    Estou a ficar fã do vosso trabalho xD
    Força aí :P

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